domingo, 15 de maio de 2011

O baile


A mulher era firme,
Não me dava bandeira,
E eu mendigando um sorriso,
Lhe dizia besteiras.
Se a chamava pra dança,
Ela logo saía,
Outro homem chegava,
E meu peito doía.
Mas o tempo não espera,
Foi daí que um dia,
Avistei uma moça
Que em um canto sorria.
Eu cheguei bem mais perto,
E a convidei pra dançar,
Ela disse: "por certo",
E flutuamos no ar.
A outra moça lá estava,
Com sua taça vazia,
O seu semblante já não me alegrava,
O seu perfume já não me aturdia.
E eu dançei feito um mestre-sala,
Feito um pierrô que vê sua colombina,
Logo o dia raiou e o baile terminava,
E eu ainda nos braços daquela menina.
Ela foi ao banheiro e voltou sorridete,
Deu-me um beijo dengoso e me entregou um bilhete,
Deu adeus bem depressa e nem disse seu nome,
Mas deixou no bilhete o seu telefone.

"que não seja imortal, posto que é chama..."

Beijo pra quem é de beijo.
Abraço pra quem é de abraço.

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