quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Guerreiro


E não me importa que venham os loucos,
E os tontos e os santos
Armados com seus paus ocos,
Que venham todos e outros tantos,
Os bocas moles e os covardes,
E os vanguardistas sem coragem,
Estou pronto!
Armado de idéias para os dedos tesos,
Para os falsos profetas
Ilusionistas do tempo,
E podem vir também os fantasmas,
Os falsos moralistas,
Não tenho medo.
Tenho garras afiadas e palavras tangentes,
Cicatrizes marcadas,
Mas curadas totalmente,
Já não temo mais qualquer batalha,
Tampouco ver meu sangue derramado,
Já perdi tanto sangue nas esquinas do mundo,
Vislumbrei tantos sonhos sendo estraçalhados,
Mas sempre me levantei e curei as feridas,
E os precipícios que me arrastaram
Foram todos ilustres tentativas.
Pois que venham os sorrisos impregnados de veneno,
E as máscaras de bondade,
Que venham todos,
Já não temo.

P.S.: Poema escrito em Coimbra/Portugal em 20/05/2010.

Beijo pra quem é de beijo.
Abraço pra quem é de abraço!