sábado, 20 de dezembro de 2008

As horas ( crônicas do tempo)


Sabe-se lá quanto tempo vou viver. As horas são como as águas de um rio. Incansáveis. Nunca se repetem. Pulam de galho em galho como um macaco esquizofrênico. São como um barco à deriva no oceano. As horas desfazem muitos planos, mas também abrem muitos caminhos. Uma hora tudo vai acontecer. Em uma hora. São horas de espera. Ora bolas! Mas o que são vinte e quatro horas? Mais um dia entre tantos outros. Fico observando as horas passarem. Dizem que uma hora tudo vai dar certo. A cada vez que respiro morre uma pessoa no Japão. Pena que meu fôlego seja tão ruim. Ouvia sempre isso quando criança e passei anos pensando que tinha uma respiração letal. Só depois descobri a beleza das metáforas. Cento e noventa e dois mil setecentos e vinte horas de vida. Vinte e dois anos. Agora entendo por que o tempo é inimigo das horas. Pena que elas passem tão despercebidas. Uma hora é muito pouco. O que eu posso fazer em uma hora? Na verdade, cada um tem as suas horas. Ou será que as horas é que nos têm? Sabe-se lá quanto tempo vou viver. Só sei que uma hora vou morrer. 1:00h?

PS.: quem tiver seus escritos, poesia, crônica, frases soltas, enfim, pode ficar a vontade em postar aqui. Criei esse espaço com o objetivo de realmente transformá-lo em um vórtice literário. Podem começar a escrever...

2 comentários:

  1. A vida é isso mesmo... "um passo à frente e não estamos mais no mesmo lugar". (Chico Science)
    Abração! :)

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  2. galera, esse cara aí em cima é um dos maiores escritores que eu conheço. grande tatito...
    abraço

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Obrigado pela visita. Espero que tenha tido uma boa leitura. Volte sempre... abraços!