
Serafim desafinado,
Asas negras do amor,
Grande Eros desastrado,
Sem querer me acertou.
De tristeza e de louvor,
O meu corpo assim marcado,
Geme de gozo e de dor,
Inocência e pecado.
Com o corpo esburacado
Das flechadas que levei,
Vejo agora a minha amada
Em cada boca que provei.
Para alguns um sedutor,
Para outros um indecente,
Sou apenas do amor
Uma vítima inocente.
Oh! Miserável cura,
Por que me abandonastes?
Essa chaga assim perdura,
Mais que gosto de chocolate.
Não consigo me conter
Quando vejo em minha frente,
Tantas fontes de prazer,
Tanto licor, tanta aguardente.
O amor é um turbilhão,
Uma incrível mistura,
Claridão no fim do túnel,
E vazia sepultura.
Vulcão incandescente,
Furacão arrasador,
Um olhar e de repente,
Colchões e tapetes de ardor.
Ai de mim, amor desgovernado,
Criatura impiedosa,
Meu arqueiro idolatrado,
De flechadas indecorosas.
Meus queridos leitores, confesso que fui acertado em cheio. Não sei como, nem onde. Quando me dei por mim, o amor já tinha me pegado de jeito...
Assim, desejo com este poema, todo o amor que for possível guardar em seus corações. Que vocês tenham amor em abundância, sem esquecer que, antes de qualquer outra pessoa, você deve se amar.
Amor não tem sexo, religião, crença ou ideologia. O amor floresce dos campos mais férteis ou dos desertos mais inóspitos.
como eu já disse em um poema...
Pois aquele que morre de amor,
Vai ter uma morte lenta e sofrida,
Mas é melhor morrer de amor,
Do que viver sem um amor, na vida!
"Morro de saudade, a culpa é sua".
Beijo pra quem é de beijo. Abraço pra quem é de abraço!