
Seus olhares me desmontam,
Queria ter dito, ter feito,
Mas teus ventos arrastam minhas palavras,
Admiro tua coragem,
Amo tua destreza,
Mas odeio tuas horas tolas,
Teus monólogos sem delicadeza,
Me perco na imensidão das tuas idéias,
Me desmancho diante de tua fortaleza,
Mas naufrago nas tuas fortes correntezas,
E me afogo em minhas lágrimas de incertezas,
Ès meu estandarte, minha búlssola biruta,
És meu chocolate, minha inconstante dúvida,
Tuas respostas me decifram como um manual,
Tuas perguntas me devoram como uma esfinge,
Muitos quilômetros e um labirinto
Nos separam,
E nos perdemos um do outro o tempo todo,
Nosso sangue se derrama gota a gota,
Nossa boca vai secando pouco a pouco.
Mas nosso sonho se mantém aceso,
E é nessa chama que aquecemos nosso corpo...
Ainda vou aprender a dizer que te amo.
Por enquanto, as ondas vão apagando minhs pegadas
Que acompanham os longos passos
Na tua sinuosa estrada.
Essa é uma homenagem a alguém que eu amo. A alguém que sabe do meu incomensurável amor. A alguém que me dá medo e ternura, lucidez e loucura, paradigmas e distância.
Alguém cujo sangue se mistura em minhas veias. Alguém como eu. Com defeitos e virtudes. Com fraquezas e glórias. Alguém que me fez sofrer algumas vezes, mas que, acima de tudo, me faz seguir sempre de cabeça erguida.