quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Signos


Os olhares nunca se cruzaram,
Mas os dedos deixam tudo às claras,
A expectativa do encontro,
Um pouco de vinho e algumas palavras.

Um oceano inteiro de distâncias,
Cada qual com suas reentrâncias e suas rotinas,
Unidos em silêncio por uma rede invisível,
Desbravadores do mundo e de suas esquinas.

Palavras lançadas ao sabor do vento,
Na esperança de levá-las até os atentos ouvidos,
Cada frase desvela dois livros abertos,
Um convite ao mistério do desconhecido.

Diferenças que saltam aos olhos desencontrados,
E a afinidade que aflora por entre os iguais,
Elocubrações que transpassam os limites das horas,
E o desejo que ultrapassa as previsões zodiacais.

Beijo pra quem é de beijo.
Abraço pra quem é de abraço.

P.S.: essas palavras foram lançadas para o outro lado do atlântico. Pode pegar, elas são suas...